Conhecimento de cirurgiões-dentistas sobre diabetes mellitus e saúde bucal de pacientes com diabetes mellitus em são gonçalo/rj / Knowledge of dentists about diabetes and oral health of patients with diabetes in São Gonçalo/RJ, Brazil

Este estudo objetivou avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas da rede pública do município de São Gonçalo, quanto à etiologia, ao tratamento e às influencias do diabetes mellitus no tratamento odontológico, bem como avaliar as condições de saúde bucal dos pacientes diabéticos da Atenção Básica do mesmo município, através do IPV, ISG e CPO-D. Os pacientes examinados eram cadastrados na unidade de saúde, PAM Alcântara, São Gonçalo. O exame foi realizado por um único examinador (LB). Os resultados identificaram que 50% dos cirurgiões-dentistas acreditam que pacientes diabéticos têm facilidade de acesso ao tratamento odontológico na rede pública, entretanto, desconhecem o percentual de pacientes diabéticos no seu território; 27% solicitam exame de HGT de seus pacientes e 35% contatam o médico. Apesar de 81% saberem identificar uma crise hipoglicêmica e 58% uma crise hiperglicêmica, apenas 35% e 39% sabem como tratar uma crise hipoglicêmica e hiperglicêmica, respectivamente; 66% acham necessário um cuidado especial com pacientes diabéticos durante os procedimentos odontológicos. O índice de placa visível (IPV), observado nos examinados, foi de 59,88%; o índice de sangramento gengival (ISG) foi de 35,35% e o CPO-D de 21,19, com maior prevalência de perdidos (377 dentes), 102 cariados e 93 obturados. Em relação à saúde bucal, 67% relataram sentir a boca seca; 26% fazem uso de enxaguatório bucal; 78% afirmaram escovar os dentes de duas a três vezes ao dia; 50% descreveram fazer uso do fio dental. Concluiu-se que é necessário melhor capacitação dos cirurgiões-dentistas para atender pacientes diabéticos e melhorar sua condição de saúde bucal.

Uso do genograma na avaliação da saúde bucal / Using the genogram assessment of oral health: a case report

A estratégia de saúde da família (ESF) tem como foco de atenção a família, a utilização do genograma como ferramenta de trabalho, além de facilitar a visualização rápida da família. Suas relações ampliam a noção de atendimento integral à saúde, em que, a partir de um paciente, as ações são desdobradas para o grupo familiar. Este estudo consistiu na construção de um genograma odontológico a partir do relato de uma mulher de 52 anos que, apesar dificuldades vividas, conservava na dinâmica familiar aspectos como: resiliência, valorização da educação dos filhos e afeto. O uso do genograma como ferramenta de trabalho das equipes de saúde bucal deve ser estimulado com o objetivo de retratar os membros familiares em diferentes níveis (físico, social e emocional), bem como avaliar o risco em saúde oral.